quinta-feira, 31 de março de 2011

Miso: uma rede social para fãs de séries de TV



Você é daqueles que divide o seu tempo entre a internet e o sofá da sala? Então que tal uma rede social que junta o melhor dos dois: conhecer pessoas novas no mundo online e se manter informado sobre seus programas favoritos da televisão? Essa é a idéia do Miso, uma rede social para fãs de séries de TV.

Para começar, é só fazer seu cadastro no site ou se conectar com sua conta do Facebook - isso já vai adicionar seus amigos em comum daquela rede social.

O Miso funciona mais ou menos como o Foursquare, só que ao invés de marcar os lugares em que você está, é só fazer “check-ins” para dizer para seus amigos quais os programas de televisão que você está assistindo. Procure suas séries favoritas na barra “What are you watching”, aqui em cima. Clicando no botão “follow”, sempre que uma novidade ou notícia surgir sobre ela, você será informado na sua página principal.

Clicando em “check-in” você pode contar para seus amigos que está assistindo aquele programa naquele momento, e também dá para colocar um comentário, se quiser. Cada vez que você fizer check-in em uma série, você ganha certa quantidade de pontos e, com eles, vai liberando selos, como o “TV Newbie” para os novatos e o selo Morto-vivo, para os fãs de séries com zumbis.

Para adicionar seus amigos no Miso, use essa barra à direita. É possível procurar pelo nome ou usando seus logins de outras redes sociais e clientes de e-mail, como o Facebook, Twitter, Gmail e Yahoo para encontrar contatos em comum automaticamente. Como nós nem sempre estamos na frente do computador enquanto assistimos televisão, o Miso também tem um aplicativo legal para iPhone, iPad e Android. Ele funciona do mesmo jeito: é só fazer login e sair fazendo check-in sempre que foi ver uma das suas séries favoritas!

Se você gosta de televisão, então, já sabe, é só clicar no link abaixo do vídeo e começar a brincar!

TwitTV: para entender os trending topics do Twitter!

Você conhece os trending topics do Twitter? Aqui, a todo momento, aparecem os 10 assuntos mais comentados no microblog. E o que cai nessa lista se transforma em febre. Parece que, hoje, quem não souber o que significa alguma dessas palavras ou termos, está desconectado do mundo. Mas o site a seguir ajuda você a ficar ligado e entender tudo o que está acontecendo no microblog por meio de vídeos relacionados aos assuntos mais comentados.

O site não precisa de cadastro e nem downloads. Logo que você entra na página, dá para ver a lista dos Trending Topics ao lado e um espaço gigante para vídeos. Aqui nesta listinha você escolhe os Trending Topics do país que você quer ver, ou, se preferir, pode deixar em Worldwide para acompanhar as tendências do mundo todo. Então, clique na palavra que te interessar e assista a um vídeo relacionado com o assunto. Nesta flechinha menor, você pode pular para outro vídeo que tenha a ver com o Trending Topic e, na maior, você pula para o vídeo correspondente ao assunto seguinte na lista. Note que aqui embaixo você pode compartilhar as imagens no próprio Twitter ou Facebook e logo abaixo da lista, é possível acompanhar um pouco mais do que está sendo falado sobre o assunto por meio de tuítes de alguns usuários. O site escolhe as mensagens mais recentes que citam a hashtag do assunto.

O programa ainda é uma versão beta, mas já funciona direitinho. Se você tá afim de ficar ligado nas últimas tendências apontadas pelo Twitter, clique no link desta matéria e acompanhe os Trending Topics de pertinho.

Windows Phone: estudos divergem sobre sucesso do sistema

Uma pesquisa divulgada pelo instituto de pesquisas ABI Research, nesta quinta-feira (31/3), projeta que, até 2016, o Windows Phone, sistema operacional da Microsoft para smartphones, concentrará 7% do mercado. O levantamento aponta que trata-se de um crescimento agressivo, uma vez que a plataforma tinha apenas 0,6% de participação no setor em 2010.


Se as perspectivas parecem positivas para a Microsoft, por outro lado, elas ficam bem abaixo das previsões divulgadas nesta semana por outro instituto de pesquisas, a IDC. Esta última calcula que, até 2015, o Windows Phone será o segundo sistema operacional mais utilizado em smartphones, com 20,9% do mercado mundial.

Apesar de IDC e ABI discordarem em relação ao índice de crescimento do Windows Phone no mercado, ambos concordam que a expansão dessa plataforma nos próximos anos estará baseada no recente acordo com a Nokia - que, até 2010, liderava o setor de telefonia móvel -, pelo qual a companhia utilizará o sistema da Microsoft em seus smartphones.

Já em relação à liderança do setor, a ABI está alinhada às perspectivas da IDC de que o Android deverá ser o sistema operacional mais usado em todo o mundo, atingindo uma participação de 45%, até 2015.

No estudo da ABI, em cinco anos, o sistema operacional da Apple, iOS, ocupará o segundo lugar, em termos de participação de mercado, com 19% do setor, seguido pelo Blackberry, com 14%.

Um dos destaques do levantamento da ABI é que o sistema operacional da Samsung, o Bada, desponta com uma forte previsão de crescimento, até 2016, quando deverá ter cerca de 10% de presença no setor de smartphones.

Londres recebe seu primeiro táxi movido a célula combustível

Nesta quinta-feira (31/3) a cidade de Londres, no Reino Unido, recebeu em suas ruas o primeiro de seus famosos táxis pretos movidos a célula combustível. A capital do país deve trocar toda sua frota de "Black cabs" até os jogos olímpicos, que serão realizados na cidade em 2012.


As baterias foram desenvolvidas pela companhia Intelligent Energy e utilizam uma combinação de células de hidrogênio e baterias de lítio para mover o carro. A combinação fornece energia o suficiente para os carros rodarem durante o dia inteiro, por cerca de 402 Km.

Apesar disso, os carros movidos pelo sistema não são tão potentes quanto os comuns: a célula permite que eles façam de 0 a 100 km/h em 14 segundos. Ainda assim, para carros que se movem apenas dentro do congestionamento londrino, a velocidade não deve atrapalhar a tradição dos ingleses de chegar pontualmente.

terça-feira, 29 de março de 2011

Pense com as empresas, ganhe dinheiro e seja descoberto.

Battle of Concepts Brasil

Como funciona?

Por que o site Battle of Concepts?
Muitas empresas e instituições públicas e privadas estão à procura de novas idéias e soluções criativas para questões e desafios que elas estão enfrentando. Por exemplo: uso de novas tecnologias, lançamento de um produto ou serviço, campanhas de marketing, novas estratégias, questões sociais e ambientais.

E as empresas estão sempre em busca de novos talentos para contratar.

Este site interativo cria uma ponte entre as empresas e os jovens talentos, através de uma competição de idéias criativas.

Quem pode participar?
O Battle of Concepts, ou Batalha de Conceitos, é aberto exclusivamente para participação de estudantes universitários ou jovens profissionais com formação universitária e idade até 30 anos.

O que é uma Batalha?
Uma Batalha é uma questão ou desafio que a empresa ou instituição pública ou privada está enfrentando. A empresa lança essa Batalha no site fornecendo todas as orientações, regras e procedimentos necessários para que o participante apresente alguma solução.

O que é um Conceito?
Um Conceito é uma idéia ou solução que o participante envia para o Battle of Concepts, com uma descrição abreviada da sua idéia ou solução para determinado desafio apresentado por uma empresa ou instituição. A solução deverá ser apresentada nos moldes exigidos pela empresa que lançou a Batalha, com relação a formato e conteúdo. Se for o caso, poderá conter anexos que demonstrem as idéias propostas.

Como participar?
A participação numa Batalha é gratuita. Só é preciso cadastrar-se no site. O participante deve fazer seu cadastro clicando aqui. O cadastro possibilita a participação e download de todas as Batalhas existentes no site.

Upload do Conceito
Ao apresentar uma solução ou conceito para uma Batalha o participante receberá um código de participação na respectiva Batalha. A empresa que lançou a Batalha receberá os Conceitos de forma anônima.

Atenção: não é permitido incorporar dados pessoais como nome, endereço ou dados da sua graduação no Conceito.

Como é definido o Vencedor da Batalha?
O Battle of Concepts receberá e enviará esse Conceito, sem identificação do autor, para a empresa que lançou a Batalha. Um comitê interno indicado pela empresa irá analisar os Conceitos dentro do prazo preestabelecido, com base nas regras definidas antecipadamente.

O participante poderá ganhar prêmios em dinheiro e em pontos para o Ranking de Batalhas
A empresa que lançou a Batalha seleciona então os vinte melhores Conceitos, sendo que os dez primeiros colocados receberão pontos e dividirão o prêmio em dinheiro e os demais acumularão pontos no Ranking. O prêmio anunciado é o valor líquido, ou seja livre de impostos, que será dividido entre os dez primeiros colocados, na proporção a ser definida pela empresa, ou seja a empresa além de estabelecer o valor total do prêmio, define, também, a cota que caberá a cada colocado. Os battle points serão distribuidos a todos os participantes da seguinte forma:



O Vencedor acumula pontos para o Ranking de Batalhas
Todos os participantes recebem pontos para o Ranking de Batalhas que ficará exposto na home-page do Battle of Concepts. Os nomes dos participantes, as Batalhas das quais participaram e a classificação geral estarão visíveis para as empresas e instituições, bem como, para os demais visitantes do site. Após a conclusão das Batalhas, cada vencedor terá sua pontuação automaticamente incorporada ao Ranking de Batalha.

Os pontos acumulados no Ranking de Batalhas terão validade de dois anos, a partir da data em que foram creditados. Como ser descoberto pelos melhores empregadores?
Você é um dos vencedores? Saiba que o seu Currículo de Batalhas será encaminhado para a empresa ou instituição que lançou a Batalha. Também serão encaminhados os dados da graduação e os dados pessoais, assim como eventualmente o seu currículo particular, o CV (veja a Declaração de Privacidade).

Quem fica com o Conceito?
Ao enviar o Conceito o participante concorda que a propriedade jurídica desse Conceito passa a ser da empresa ou instituição que lançou a Batalha.

Cadastre-se (2 minutos)
Dúvidas Freqüentes
www.battleofconcepts.com.br
Todas as Batalhas

Com a senha o participante encontra no site uma versão completa do seu Ranking de Batalhas.

domingo, 27 de março de 2011

Novas regras da certificação Java (Desenvolvedor e Arquiteto)

Reunião com a Oracle: Novas regras da certificação Java (Desenvolvedor e Arquiteto)

Resumindo: a partir do dia 1º de Agosto de 2011, quem for fazer algum desses exames, terá que cursar apenas 1 curso dos listados. E isso afetará apenas 1-2% das pessoas que hoje fazem uma certificação Java, pois isso só afeta aos profissionais no nível master.

A Oracle já aplica essas regras para as certificações relacionadas ao banco de dados, mesmo no nível OCP (Oracle Certified Professional). Então perguntamos se eles possuem planos para aplicar essas mesmas regras às outras certificações Java no futuro. A resposta foi talvez, eles ainda não sabem, pois tendo um curso obrigatório isso iria filtrar os profissionais, assim como já fazem em outras certificações.

Outro ponto levantado na reunião foi a questão de algumas pessoas estarem falando que isso é porque a Oracle quer ganhar dinheiro. Eles disseram que não, senão eles iriam exigir vários cursos para todas as certificações (inclusive para as certificações de update), e esse não é o objetivo.

Também perguntado em relação à data (1º de agosto), se tinha alguma maneira de re-agendar para mais para frente, e eles disseram que não, pois anunciaram com 6 meses de antecedência, e isso daria tempo para todos que já estudando se programarem.

Tai mais uma bomba que Oracle joga na mão de quem esta ralando para dominar o Java.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Por que se certificar?



A certificação é algo muito comum entre os profissionais de informática. É uma das maneiras que os fabricantes de hardware e software encontraram para medir o quanto um profissional conhece de determinado assunto. A certificação profissional é muito usada pela área de recursos humanos das empresas na escolha de profissionais em processos seletivos.

Fazendo uma analogia, dizer que se é certificado em uma tecnologia é o equivalente a obter uma carteira de motorista: você tem o conhecimento aprovado e comprovado por uma instituição que atesta que você tem as aptidões necessárias para dirigir. A certificação profissional é uma forma rápida e de custo acessível para um profissional se formar ou mesmo se reciclar e valorizar o seu curriculum.

Ao certificar-se, o profissional tem condições de obter melhores salários e melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Segundo pesquisa do Institute Data Corporation (IDC) Brasil, as certificações são responsáveis por um acréscimo de 53% nas chances de se conseguir um emprego.

De acordo com a revista Empreendedor, de abril de 2006, uma certificação pode garantir um salário até 100% superior ao da média do mercado. Leia a reportagem completa.

Por que ser um certificado LPI

Há falta de profissionais linux no mercado de trabalho, pois o Linux cresce em uma grande velocidade.

A certificação LPI está entre as 10 mais procuradas do mundo por profissionais da
área de Tecnologia da Informação, segundo o site especializado no assunto www.certcities.com.

A certificação LPI é reconhecida mundialmente como garantia do conhecimento de um profissional em Linux.

Ela é independente de distribuição: as provas do LPI são baseadas no Linux Standard Base.

O LPI estabeleceu-se como uma organização internacional sem fins lucrativos, em 1999, pela comunidade Linux, e desde então, desenvolve de forma acessível a todos um programa de certificação reconhecido internacionalmente por empresas, empregadores e profissionais de TI.

"A experiência é insubstituível, mas como o mercado está cada vez mais exigente, um cerificado pode ser decisivo na escolha de um talento". Leia o artigo completo, "Prática certificada", escrito por Bruno Gomes Pessanha para a revista Linux Magazine.

quarta-feira, 23 de março de 2011

VAI LEVAR SÓ UM MINUTO??? NÃO ACREDITE!!!

Recentemente fiz a seguinte pergunta a algumas pessoas do meu convívio diário: O que você consegue fazer em um minuto?, e vejam o que responderam:



1. Escovar os dentes;
2. Urinar no vaso;
3. Passar o olho sobre a primeira página do jornal do dia;
4. Esperar conexão da internet via linha discada (duvido!);
5. Passar o fio dental entre os dentes;
6. Tratar do cachorro com água e ração.

Repare bem que as respostas foram sinceras e relativamente precisas. São atividades do cotidiano as quais já fazemos há muito tempo, onde a curva de experiência já está na sua maturidade máxima. Porém, convido você a ler agora o que estas mesmas pessoas dizem quando respondem a mesma pergunta como profissionais:



1. A mentira - Você leva seu carro para o mecânico para dar uma olhada em um barulhinho na suspensão. Ele responde: Pode esperar um pouquinho. Isto só vai levar um minutinho pra resolver!



A verdade - A possibilidade de você se atrasar para o próximo compromisso é de 99%. Ele vai demorar meia hora, no mínimo, para detectar o problema do barulhinho... Seu compromisso está ameaçado.


2. A mentira - Você chega ao consultório médico com uma consulta agendada. O atendimento está atrasado e você pergunta para a recepcionista quando você será atendido. Ela responde: Mais um minutinho pois eu já lhe chamarei!



A verdade – Tem dois pacientes na fila que serão atendidos antes de você. A recepcionista sabe disso, mas não vai lhe dar esta má notícia. Muito provável que você será atendido em meia hora.


3. A mentira – Seu chefe convida você para uma breve reunião. Uma conversa rápida, diz ele. Você o informa que tem um cliente lhe esperando para fechar uma proposta, mas ele diz: "Calma... vai ser só um minutinho!".



A verdade – Você fala para seu cliente: "Me aguarde só um minuto que estarei de volta". Seu chefe tem várias perguntas para lhe fazer. Você vai responder todas rapidamente, pois sua cabeça está no cliente que lhe espera. A "breve" conversa com seu chefe vai se desenrolar por, no mínimo, meia hora até que você esteja liberado.


4. A mentira – Você vai a uma pizzaria. Pede uma pizza para duas pessoas. Após meia hora de espera, você reclama com o garçom. Por sua vez, o garçom, muito bem adestrado, responde sem mesmo olhar nos seus olhos: "Já está saindo... Só mais um minutinho...".



A verdade – Ou o garçom esqueceu de fazer seu pedido, ou o pedido saiu errado e teve de ser refeito. Em qualquer uma das situações, pode ficar certo que vai levar mais meia hora para ficar pronta. Aproveite e peça um tira-gosto fácil de fazer, porque senão corre o risco de chegar após a pizza!


5. A mentira – Ao parar em um posto de gasolina, o frentista oferece trocar o óleo de seu carro. Você reconhece que está na hora de trocar, mas está com pressa. O frentista dispara : "Não é bom arriscar. Vai ser só um minutinho e pronto...".



A verdade – A pessoa que vai trocar o óleo nunca é a que lhe ofereceu a troca. A pessoa que vai fazer o serviço de troca, está sempre terminando de atender um outro cliente. Entre o momento que ele libera o outro cliente, seu carro é alçado, o óleo velho é retirado e o novo colocado, pode acreditar: com certeza, vai levar meia hora!



Compare agora o que as pessoas disseram fazer em um minuto, com o que estas mesmas pessoas, como profissionais, prometem que conseguirão fazer em um minutinho. Na verdade, nós só acreditamos na mentira do um minutinho porque nós também a praticamos no dia-a-dia com nossos chefes, pares, familiares e clientes.



Duas sugestões para não cairmos mais nesta mentira:



Sugestão 1 – Aprender a dizer NÃO. É melhor voltar em outra ocasião, quando tiver mais tempo e sem a pressão de um compromisso importante agendado ou ter um cliente lhe esperando.



Sugestão 2 – Diga SIM, mas multiplique 1 minutinho x 30 minutos. Desta forma, você estará sendo realista com você mesmo, e a mentira se tornará verdade. Vai demorar meia hora. Pode acreditar!



Material retirado dos programas Planejamento e Organização do Trabalho, Gestão do Tempo e da Energia na Era da Informação.

terça-feira, 22 de março de 2011

Excesso de qualificação exigida nos processos de seleção

É bem verdade que o aumento da competitividade e globalização faz com que as empresas busquem cada vez mais pessoas preparadas para enfrentar os desafios da profissão e que agreguem maior conteúdo à equipe a qual estarão inseridas. Porém, eventualmente, algumas empresas adotam formas de seleção agressivas, onde o candidato tem que ser líder, saber trabalhar em equipe, saber relacionar-se, ser eficiente, falar vários idiomas, conhecer diferentes culturas, ter inúmeros diplomas, MBA, PhD, ser jovem (mas, ter experiência) ter morado fora do país, ser isso, ser aquilo... A verdadeira "Síndrome do Super-Homem". Isso só contribui para afastar pessoas promissoras. Entendo que tantas exigências - na vida profissional e até pessoal - causam essa dita super qualificação, que ninguém pode suprir.
Penso que esse descompasso entre o profissional ideal (Super-Homem) e as pessoas de carne e osso deve ser repensado, ou seja, não há problema em buscar o profissional ideal, é até muito natural e saudável que nos miremos nele como exemplo. Mas, assim como é estéril o amor platônico entre adolescentes românticas e seus astros de cinema preferidos, será improdutivo uma empresa esperar o profissional polivalente e ultra-eficiente. A despeito de um "Super-Homem" o importante é focar aquele cujas competências realmente interessam para aquele cargo e aquela empresa.
Peter Drucker já alertava que a contratação de um colaborador é uma das atividades gerenciais mais importantes - e também uma das mais negligenciadas. Portanto, o sucesso por trás de qualquer processo de seleção depende do conhecimento sobre os requisitos e as competências necessárias para o cargo ao qual se está selecionando candidatos.
Outro aspecto que eu gostaria de abordar, dentro deste escopo, é a reportagem apresentada pelo Programa Fantástico (TV Globo) que mostrou uma diarista na esperança de um emprego formal, com carteira assinada, acabar em decepção. Ela foi rejeitada por um frigorífico. A justificativa do empregador: "Você está muito gorda e daí pode dá problema para a firma se você entrar aqui", contou a profissional.
Ela entrou com um processo na Justiça do Trabalho e ganhou uma indenização de 5 mil reais. Na época, em maio de 2008, ela pesava 79 quilos, mas tinha um Índice de Massa Corporal (IMC) superior ao que a empresa tolerava que era de 35. Ela tinha 37,8.
Se por um lado os mais inflamados revoltam-se e levantam suas bandeiras contra a discriminação, por outro lado as empresas munem-se de argumentos para defender seus motivos para estas restrições. Isto é seleção ou discriminação? Vejo uma linha muito tênue que separa a real necessidade de determinado perfil à discriminação e, nestes, creio que o profissional que se propõe a trabalhar pelas pessoas tem a obrigação ética de atuar realmente como um agende de mudanças dentro da organização.
Que os profissionais de Recursos Humanos fiquem cada vez mais atentos ao selecionar candidatos. Que façam exercícios constantes para se despir de quaisquer pré-julgamentos para não dispensar verdadeiros talentos. Que não julguem uma pessoa pelo rótulo e nem impeçam a chance a quem aparentemente está fora do perfil de qualquer que seja a função.

Bruxos da seleção

Muitas pessoas me procuram para se orientar sobre o funcionamento de um processo seletivo. Alguns pedem ajuda quando é convidado a participar de uma seleção. Outros me solicitam após a sua participação, interrogando se a atitude que teve foi adequada ou não durante o processo, como uma maneira de reduzir a sua ansiedade e ilusoriamente, se antever à resposta que será dada pela empresa.

Diante dessas indagações e do mito de que o psicólogo sabe tudo sobre as pessoas, tentarei esboçar o que respondo aos meus alunos, colegas, amigos e parentes, sem com isso ferir as razões éticas que impedem qualquer profissional da Psicologia exibir testes e as suas respostas de uma maneira tão generalizada.

Dizem que para reduzir o tamanho do monstro, o primeiro passo é conhecê-lo. Então para elucidar, considero importante iniciar pela diferenciação das etapas que envolvem um processo seletivo, a começar pelas razões de uma seleção.

Diante de grande quantidade de currículos a um mesmo cargo, o objetivo da seleção é tentar conhecer o máximo de pessoas, cuja vaga está em aberto. A maneira de analisar e conhecer essas pessoas se difere entre psicólogos, empresas e cargos. O resultado a ser atingido é único, o que muda é maneira como fazê-lo. O objetivo é escolher, dentre vários candidatos, "a pessoa certa para o lugar certo", ou seja, a pessoa que mais rapidamente e melhor se adaptará às tarefas, ao setor, ao chefe e aos colegas.

Para isso, é fundamental que o selecionador planeje as suas atividades, de modo que utilize as ferramentas adequadas para cada cargo, atento aos custos operacionais para fazer o seu trabalho bem feito. Esse planejamento poder incluir:
1) Dinâmica de grupo
2) Teste prático
3) Prova de conhecimentos
4) Uso de testes e/ou
5) Entrevistas
Cada etapa está descrita abaixo.
Dinâmica de grupo - É uma técnica, geralmente, utilizada para cargos administrativos com elevado número de candidatos ou por exigências específicas do cargo. É uma das primeiras etapas e nela haverá atividades individuais, como exemplo a apresentação pessoal e atividades realizadas em grupo, daí o nome da técnica: dinâmica de grupo. Nela observa-se a maneira como cada pessoa relaciona-se com os demais integrantes, não havendo uma conduta do que é certo ou errado porque tudo depende do que é exigido pelo cargo. Neste momento, além do psicólogo, o gestor que solicita a vaga geralmente participa, sendo uma oportunidade, para que ele possa identificar as pessoas que mais se assemelham ao que o setor precisa.
Teste prático - Como o próprio nome diz, essa é uma maneira de testar a pessoa na prática. Um exemplo seria a prova de direção aos motoristas ou teste de digitação para secretária. Neste momento é dada ao líder de área e ao candidato, a oportunidade para uma breve entrevista técnica e noção sobre a área de trabalho. Nesse primeiro contato, um consegue ter a noção geral sobre as expectativas do outro.
Prova de conhecimentos - Esta prova é usualmente utilizada para testar o nível de conhecimento em outra língua, conhecimento em matemática financeira, português instrumental, redação ou conhecimentos específicos como, por exemplo, identificar se um técnico de processamento de dados conhece alguma linguagem de programação exigida ao cargo. Geralmente, essa prova é agendada pelo gestor da área que solicita a vaga ou por empresa terceirizada. Esta é a segunda etapa do processo seletivo.
Testes - Os testes podem ser psicométricos ou de personalidade e são aplicados somente por estudantes de Psicologia ou psicólogos qualificados para tal atividade. E são realizados em uma segunda ou terceira etapa do processo, por serem mais caros ou quando são terceirizados é a última fase da seleção. Os testes psicométricos geram resultados quantitativos, ou seja, servem para medir os índices de inteligência, atenção, memória etc. do candidato. Na maioria das empresas, neste mesmo dia é feito o teste de personalidade, útil para descrever características psicológicas como: iniciativa, capacidade para solucionar problemas, relacionamento interpessoal, dentre outras características. Vale reforçar que o teste, é uma ferramenta científica útil para obter mais dados sobre determinada pessoa, mas não seria ético e nem possível eliminar ou aprovar qualquer candidato, sem a utilização de uma entrevista.
Entrevista - Existem quatro tipos de entrevista: triagem, coletiva, técnica e psicológica. A primeira é mais sucinta, sendo utilizada para ter uma visão geral do candidato, de modo a identificar os requisitos básicos para o cargo. De certa forma é um momento para comprovar os dados descritos no currículo, tais como a escolaridade, tempo de trabalho nas empresas anteriores, via Carteira de Trabalho etc. É o primeiro contato pessoal do candidato com a empresa. A entrevista coletiva tem o mesmo objetivo e por isso substitui a de triagem, porém ao invés de ser individual é feita em grupo. Não valorizo essa técnica, mais sei que é bastante utilizada. Na entrevista técnica, que é conduzida pelo gestor que solicita a vaga, verificam-se as experiências e os conhecimentos técnicos adquiridos na área. A entrevista psicológica, que geralmente é uma das últimas etapas, é mais profunda e visa informações mais consolidadas e consistentes sobre a personalidade do entrevistando. A partir dela, serão confrontados os resultados obtidos nos testes.

Sendo assim, cada técnica é útil para a empresa em alguma situação, umas mais frequentemente utilizadas do que outras.

Preocupe-se em conhecer adequadamente que tipo de oportunidade está à sua frente, de modo a entender as tarefas a serem realizadas, o horário de trabalho, a necessidade de horas extras, enfim tudo o que representa a vaga que está em aberto. Essas são informações que devem essencialmente ser repassadas pelo selecionador, mas se ele esquecer, não se envergonhe por perguntar. O candidato também pode escolher ou não a empresa que deseja trabalhar. Diante das respostas, faça uma avaliação rápida, a fim de saber se realmente é uma boa proposta ou não.

Aqui, direi o mesmo que verbalizo a quem me pede orientações. Prepare-se para o que você quer alcançar no futuro. Quando o futuro chegar, não serão os meus dez minutos de orientação que lhe farão ocupar o novo cargo. Talvez essa leitura ou senão outras poderão contribuir muito mais para que atinja o seu objetivo. Prepare-se continuamente e observará que não existem bruxo ou bruxas. O melhor é que em qualquer lugar e a qualquer hora você seja essencialmente você. Haja naturalmente e boa sorte!